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Exibindo filmes eróticos, Dono da Band promove conservadorismo: “TV para a família brasileira”

Dono da Band promove conservadorismo
Johnny Saad, dono da Band, promove conservadorismo na TV Aberta (Foto: reprodução/Internet)

É até confuso o título, mas é o ‘temos’ para hoje. Recentemente ao discursar no Prêmio Inspira Rio, Johnny Saad, dono da Rede Bandeirantes (Band), promoveu o conservadorismo na TV Aberta. Além de falar sobre a principal novidade da emissora para 2022, o Faustão, o empresário defendeu uma TV para toda a família.

“Televisão aberta é mais conservadora, se o sujeito quer mais tempero, mais pimenta, vai no cabo, na televisão paga.”

Johnny Saad

No entanto, o próprio ‘esquece’ a programação da emissora que comanda. A Band sempre foi conhecida por exibir filmes eróticos e até conteúdos mais explícitos em sua grade noturna. A sessão adulta dominava o fechamento de sua programação nos anos 90. No último ano, a emissora voltou a ter esta faixa em sua programação com Cine Privé, mais especificamente 24 de agosto de 2020. Exibindo assim, um conteúdo que seria impropria para toda a família, como prega em seu discurso, semanalmente, todo o sábado.

Ao falar com entusiasmo a contratação de Fausto Silvio, Johnny Saad solta alfinetada ao conteúdo que ele julga impróprio. Segundo ele, o programa intitulado Faustão na Band “está bonito. Pode assistir com criança na sala que ninguém vai ficar constrangido”.

É nítido grande promoção da família brasileira em seu discurso é simplesmente uma ação para contrariar qualquer iniciativa de pluralidade na TV Aberta. Seja ela com artistas das mais diferentes sexualidades e cores ou programação que represente o Brasil e sua tamanha diversidade. A busca por uma TV mais conservadora é um grande desejo para evitar abrir espaço para as diferenças.

Ao se julgar como TV familiar, mas ao mesmo tempo exibir conteúdo eróticos? Pareceria um pouco incoerente. Todavia, para quem discursa, não é. Uma vez que dá a entender, que em sua visão, o constrangedor é apenas cenas em que não existe o “padrão de sexualidade”, ou seja, aquelas que fuja do homem com mulher.

Toda a participação de Johnny Saad no evento foi afrontosa. Logo no início, ele critica a mídia e a imprensa brasileira – no qual a Band faz parte – “Olha, eu quero deixar claro que acredito no país, sou otimista, mas acho que a mídia impressa anda muito rabugenta nessa questão do meio ambiente” falou. Em seguida, ele desacreditou do alto desmatamento e das queimadas na Amazônia. Segundo Saad, a Band tenta checar as informações e elas não são reais.

“Quando nossa equipe vai lá checar as denúncias, não bate. Simplesmente não bate. Sessenta e seis por cento do nosso território continua intacto, igualzinho quando Cabral chegou aqui”, afirmou.

O que mais surpreende nas falas de Johnny Saad é o dono de uma empresa midiática ser contra a própria mídia e o avanço dela. Com defensa à uma TV conservadora, ele tenta negar que tempo está mudando e o futuro não terá espaço para o passado.

O texto acima é opinativo e não, necessariamente, corresponde a opinião editorial do site. Toda responsabilidade é do autor.

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